Com o olhar brilhante
e um sorriso radiante,
eu te esperava, sereno,
num dia de primavera ameno.
Com o buquê na mão
e amor no coração,
aguardava minha amada
na encruzilhada escura e calada.
Mas ela não vinha...
Ainda tinha esperança,
até que, sem aviso,
veio a decepção e o riso.
Aquela descarada,
minha doce namorada,
passou de mãos dadas,
rindo, despreocupada.
A cabeça coçou,
o chifre desabrochou.
Descobri que sou corno...
E isso é um transtorno!
Fiquei ausente,
usei entorpecente,
passei dias doente...
Mas bola pra frente!
Quando enfim me conformava,
ela voltou, desolada,
com lágrimas no olhar,
dizendo querer me amar.
Estava prenha,
sem ter onde morar...
Se for assim, então venha!
Mas como posso confiar?
Recebo-te, minha amada,
idolatrada, arrependida!
Cuidarei do filho teu,
como se fosse meu.
ALEXANDRE M. BRITO
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